segunda-feira, 29 de novembro de 2010

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DA PESQUISA EXPERIMENTAL

REFLEXÃO SOBRE A PRÁTICA DA PESQUISA EXPERIMENTAL

A escolha do tema rede sociais para o projeto experimental foi baseada nas discussões entre os participantes do grupo, assim como no interesse que o assunto tem gerado em nossos meios comunicacionais.

Inicialmente, foi cogitada a produção de uma rede mais ampla, que envolvesse a comunidade em sua forma mais geral, abordando a cidade de Belo Horizonte e seus cidadãos. Contudo, devido às particularidades metodológicas necessárias a um bom trabalho de pesquisa, foi definido que se levasse o estudo para o segmento universitário. De modo a fechar o foco no público envolvido com assuntos acadêmicos. Poderia estar comprometido o resultado, em função do tempo disposto para conclusão do trabalho e a possibilidade de executá-lo com melhor acuidade, se o mesmo fosse abordado de forma mais ampla e geral.

Falar sobre redes sociais já se mostrava um obstáculo a ser vencido, pois apesar de ser um tema que foi alvo de muitos estudos e publicações teóricas importantes, não existem muitas reflexões que analisem as redes sociais na internet, que é o objetivo final deste trabalho experimental. O segundo obstáculo seria a construção de uma rede social, mas não uma rede com as propostas já existentes, a meta seria oferecer novidades para os usuários. Depois de longas discussões e reflexões sobre as redes sociais e suas influências na comunidade estudantil, percebeu-se o espaço oportunamente encontrado para o desenvolvimento de uma rede social que envolvesse as atividades acadêmicas sociais e de entretenimento, com foco centrado no usuário inserido nas atividades universitárias.

À medida que os estudos evoluíam, perceberam-se características relacionais do usuário no que diz respeito à sociedade de consumo e seu papel como colaborador na web 2.0, o que foi moldando os rumos do projeto.

Todo o projeto foi detalhado passo a passo, pesquisas foram feitas para que a cada etapa a idéia do trabalho fosse sendo amadurecida. Toda essa junção trouxe diversas perspectivas que auxiliaram no desenvolvimento, indicando os caminhos a serem percorridos para que esse projeto fosse de importante valor ao campo da comunicação. Decisões antes tomadas foram sendo lapidadas e reconstruídas no percurso.

Análises e pesquisas de campo foram feitas para demonstrarem a relação entre o referencial teórico e os dias atuais. A análise das redes sociais (Ebah, Twitter, Facebook, Orkut, Myspace e Linkedin), ocorreu com o intuito de não só entender ferramentas, tipos de interação, publicidades aplicadas, mas que também fosse entendido o que havia de elementos bem aceitos e os não tão bem receptivos por usuários dessas redes. Estas análises ajudaram a definir quais as ferramentas eram bem aceitas, o melhor layout e a forma de apresentação que se adequasse à rede que se propôs construir. Realizou-se também uma pesquisa, onde os usuários respondessem a um questionário, informando seus gostos e desejos sobre as redes das quais fizessem parte. Na análise das respostas percebeu-se que a rede YOUP estava no caminho certo em sua formulação.

Com toda a rede planejada para os universitários como público alvo, o objetivo é promover a interação entre os usuários da rede social YOUP se valendo das informações obtidas no processo de análise e pesquisa realizadas. Para isso, diversos autores foram estudados como mostra a fundamentação teórica. Sendo que alguns relatados abaixo tiveram maior relevância.

Todos os autores foram de grande importância, mas no primeiro momento foi necessário entender como as redes surgiram desde o século XX, começando com Manuel Castells, que já pensava uma sociedade em rede, e Raquel Recuero, ajudando a entender as interações e apropriações das redes já existentes. O grupo percebeu como as redes se originavam e como as pessoas se apropriavam delas. Isso possibilitou o entendimento sobre a importância de um assunto específico para a rede, tal como a escolha de seu público alvo.

Através do livro de Alex Primo (2007), “Interação Mediada por Computador”, foi-se entendido ainda a forma pela qual se trabalharia a estruturação da rede quanto ao layout e às ferramentas que possibilitariam as interações, tornando a rede viva.

Ao tomar os assuntos citados acima como ponto de partida, o grupo entendeu as redes online como um espelho do offline, onde os indivíduos se conectam pelos mesmos motivos que conhecem pessoas no seu cotidiano. Com a evolução da web 2.0 e a nova forma de socialização na internet, deu-se espaço para as interações e, consequentemente, expansão das redes sociais. Percebeu-se ainda, que a rede é viva e que os usuários da mesma têm a opção de interação e ação como bem determinarem.

O estudo da cibercultura possibilitou o entendimento da cultura em rede e de como ela se projeta.

Teve como baliza os textos de Felipe Memória na aplicação de seus estudos para execução dos wireframes, e a objetividade pregada por Steve Krug, no que se refere à usabilidade e navegabilidade necessárias a um bom projeto website. Avaliaram-se os aspectos que promoveriam tais interações, como wireframes, logomarca, cores e etc. com a finalidade de atender às necessidades dos usuários.

A construção dos wireframes foi baseada na pesquisa qualitativa sobre as redes e nas respostas aos questionários. Seu layout foi elaborado, pensando-se nos signos representativos do universo acadêmico, para que a rede ficasse ainda mais caracterizada para este público.

Cada passo do estudo e análise deste projeto proporcionou aos integrantes do grupo um repertório, que os capacitou a elaborar o trabalho de criação da rede social YOUP, como objeto de estudo do campo da comunicação.

A criação da rede YOUP veio preencher uma lacuna nos meios comunicacionais utilizados na internet pela comunidade acadêmica, proporcionando uma grande satisfação e suprindo a carência de um canal interativo eficiente e com grandes desdobramentos na prática evolutiva e nos estudos da comunicação social.

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